quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

A Ilha North Sentinel e seus horrores e mistérios

Odete Soares Rangel

Esta é mais uma das contribuições da Natasha! Desta vez ela escreveu sobre a ilha North Sentinel, parte das ilhas de Andaman e Nicobar no Golfo de Bengala, entre Mianmar e Indonésia. Obrigada por sua dedicação e pesquisas compartilhadas.

"Ilha North Sentinel, o lugar mais difícil de se visitar no mundo


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É difícil acreditar que existem pessoas que não têm ideia do que é a internet ou um smartphone, mas existem. Pequenas e raras tribos ao redor do mundo ainda vivem completamente isoladas da civilização global e não aceitam qualquer tipo de contato com o exterior.
A ilha North Sentinel, parte das ilhas de Andaman e Nicobar no Golfo de Bengala, entre Mianmar e Indonésia, é o lar de uma dessas tribos. Os Sentineleses são tão hostis ao contato externo que a ilha foi apelidada de o “lugar mais difícil de se visitar do mundo”.

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Acredita-se que os Sentineleses são descendentes diretos dos primeiros seres humanos que surgiram a partir da África. Eles vivem na pequena ilha há quase 60.000 anos. Sua população exata é desconhecida – estima-se que seja entre 40 e 500 pessoas.
Não importa qual seja a sua intenção, se você chega à ilha de propósito ou por acidente, os moradores irão recebê-lo da mesma forma – com lanças e flechas. Alimentos e roupas não têm importância para eles. Eles foram hostis até mesmo a missões de salvamento depois do tsunami em 2004.
No rescaldo do tsunami desastroso que abateu o Oceano Índico em dezembro de 2004, um grupo de socorristas estendeu a mão para os Sentineleses em um helicóptero da Marinha indiana. Eles queriam ajudar os sobreviventes, embora as chances de sucesso fossem pequenas. Eles tentaram enviar pacotes de comida para o chão, mas um único guerreiro Sentinelese emergiu da selva densa e atirou uma flecha ao helicóptero.
Não se sabe muito sobre esse povo tribal. Sua linguagem é estranha a nós, e seus hábitos desconhecidos. Eles vivem em mata fechada, por isso não temos nenhuma pista sobre como agem no dia-a-dia. Tudo o que sabemos é que eles são caçadores-coletores, pois não possuem cultura de nada. Eles vivem de frutas, peixe, tubérculos, porcos selvagens, lagartos e mel.

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A Índia tem a soberania sobre North Sentinel, mas a tribo pode nem sequer saber o que é a Índia. Depois de várias tentativas fracassadas de fazer contato amigável com eles desde 1964, o governo indiano finalmente se afastou, e todas as visitas à ilha foram proibidas.
A Marinha da Índia impôs uma zona de 5 km para manter turistas, exploradores e outros a distância. Encontros acidentais ainda ocorrem, no entanto, e nenhum deles acaba bem.
Há várias histórias de horror de como os Sentineleses têm tratado seus convidados. As pessoas ou retornam da ilha aterrorizadas e feridas, ou nem voltam.
Em 1896, um fugitivo das prisões britânica em Andaman derivou para as costas da ilha por acidente. Poucos dias depois, um grupo de busca encontrou seu corpo em uma praia, perfurado por flechas e com a garganta cortada.
Em 1974, um grupo foi até lá para fazer um documentário, e o diretor do filme levou uma lança na coxa.
O antropólogo indiano T. N. Pandit realizou diversas viagens patrocinadas pelo governo para a ilha no final dos anos 80 e início dos anos 90. “Às vezes, eles viram as costas para nós e se sentam em seus quadris como se para defecar”, conta. “Isso é feito para nos insultar, já que não somos bem-vindos”.
Surpreendentemente, houve apenas um caso em que pessoas de fora não enfrentaram uma recepção agressiva. Em 4 de janeiro de 1991, 28 homens, mulheres e crianças se aproximaram de Pandit e seu grupo para voluntariamente se apresentar. “Foi inacreditável”, disse. “Eles devem ter decidido que havia chegado a hora”.
Infelizmente, o último contato com os habitantes da ilha, em 2006, não foi tão bem. Dois pescadores foram mortos porque pescavam ilegalmente dentro da faixa da ilha.

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Assim como os Sentineleses, algumas outras (poucas) comunidades vivem sem contato com a civilização globalizada. Talvez seja melhor deixá-los sozinhos, pois tentar trazê-los para a civilização pode prejudicá-los. Eles podem não ser imunes a várias doenças comuns, ou podem não conseguir adaptar-se ao mundo moderno. [OddityCentral]"
Fonte: <http://revoada.net/ilha-north-sentinel-o-lugar-mais-dificil-de-se-visitar-no-mundo/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+Revoada+%28Revoada.net%29>

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Jacob’s Well, um dos pontos de mergulho mais perigosos do mundo

Odete Soares Rangel

O título e a matéria que você lerá a seguir é mais uma das grandes contribuições da Natasha.  Se você gosta de adrenalina, leia-a e se delicie! 



"Jacob’s Well, um dos pontos de mergulho mais perigosos do mundo

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O Jacob’s Well (Poço de Jacó, em português), que fica em Wimberley, no Texas (EUA), é um dos lugares mais perigosos da Terra. Nomeado após uma referência bíblica, o poço já custou a vida de mais de oito mergulhadores – e ainda assim não deixa de atrair curiosos.

Na superfície, parece inofensivo. Sua boca tem apenas quatro metros de largura e não revela muito sobre os perigos que se escondem mais abaixo.
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O poço tem quatro câmaras que se estendem a vários metros abaixo da superfície. A primeira começa com uma queda em linha reta de cerca de 9 metros, e depois alcança até 17 metros. Esta câmara recebe luz solar suficiente, por isso é brilhante e preenchida com algas e vida selvagem.
A segunda câmara possui 24 metros de profundidade e abriga uma falsa chaminé que se parece com uma saída, mas na verdade “embosca” e prende mergulhadores. Richard Patton, um estudante universitário, perdeu a vida na chaminé em 1983.
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Uma abertura a partir da segunda câmara leva à terceira, um pequeno espaço com cascalho instável. Os mergulhadores devem ter cuidado para não movê-lo a fim de navegar nesta câmara com sucesso.
A entrada para a quarta câmara é uma passagem apertada. Muito poucos mergulhadores sequer já a viram, por isso é apelidada de “caverna virgem”. Diz-se que tem fantásticas formações calcárias, mas pode obscurecer totalmente a visão de exploradores.
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Essa câmara é tão perigosa que até mesmo mergulhadores experientes têm sido incapazes de sair dela com vida. A última vítima conhecida foi Wayne Wood Russell, um mergulhador experiente em cavernas aquáticas abertas, mas despreparado para mergulhos de profundidade como esse.
Curiosamente, houve um momento em que o poço não era tão perigoso. A historiadora de 79 anos de idade Dorothy Wimberley Kerbow costumava brincar lá com 3 anos. Seu pai brincava de jogá-la dentro do poço, porque ali era impossível afundar (de tantas bolhas que saiam dele).
Além de um perigo para os mergulhadores, Jacob’s Well está si mesmo em perigo também. A fonte secou completamente pela primeira vez na história no ano de 2000. David Baker, um fazendeiro local que está doando sua propriedade para a sua conservação, disse que esse foi um alerta para a população. Apesar dos contratempos, o local é muito bonito e ninguém quer ver o poço se transformar em uma caverna. [OddityCentral]"

Fonte:  http://revoada.net/jacobs-well-um-dos-pontos-de-mergulho-mais-perigosos-do-mundo/